Apesar de alguns boatos recentes, o lendário Cine Roxy Copacabana, último cinema de rua do bairro, poderá até vir a ser administrado por outros proprietários e ter seu nome alterado, mas não deverá mudar de ramo.
Isso porque a Prefeitura do Rio de Janeiro, em decisão publicada no Diário Oficial do Município no dia 17/06, incluiu o empreendimento no cadastro dos negócios tradicionais e notáveis da cidade.
Cine Roxy Copacabana fechou?
Com essa decisão, o Roxy passa a fazer parte da lista de bens imateriais do Rio, preservando, dessa forma, seu ramo de atividade.
No documento publicado no Diário Oficial, a Prefeitura classifica o Roxy como “marco referencial na cultura cinematográfica da cidade” e “marco da arquitetura e engenharia moderna”.
Tais classificações garantem o poder de veto a uma eventual tentativa de mudança de ramo do lugar.
A nomeação do Cine Roxy como mais um bem imaterial ocorreu após forte pressão de vários setores da sociedade, que inclusive assinaram uma carta-manifesto destinada ao prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O cinema da esquina da Avenida Copacabana com a Rua Bolívar é há mais de 80 anos um dos locais favoritos de muitos moradores e frequentadores da Zona Sul.
Após meses sem abrir por conta da pandemia, o cinema voltou a funcionar em outubro de 2020, mas fechou novamente em dezembro.
Na ocasião, o grupo Kinoplex, administrador do empreendimento, chegou a informar que iria esperar até que toda a população da cidade estivesse vacinada para reabrir e operar com total segurança.
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História do Cine Roxy Copacabana
O icônico Cine Roxy foi inaugurado em 03 de setembro de 1938, na época de estreia do filme ”Blockade”, protagonizado pelo ator norte-americano Henry Fonda, uma das maiores celebridades da época.
Ao se consolidar como uma grande sala de cinema carioca, o Roxy se destacou com o passar dos anos por sempre abrir as portas para as grandes estreias que só depois eram exibidas nos demais cinemas da Cidade Maravilhosa.
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Inicialmente, o Cine Roxy Copacabana, com capacidade para 1.630 espectadores, foi projetado pelo arquiteto Rafael Galvão.
Já nos anos 1990, mais precisamente em 1991, foi fechado e reaberto. Nesse período, o cinema foi reformado e passou a comportar 3 salas menores, intituladas de Roxy 1, 2 e 3. Nessa configuração, o espaço passou a contar com 914 assentos.
Já nos anos 2000, após novas obras, foi incrementado com poltronas numeradas, além de pequenas mudanças e intervenções em sua fachada.
De acordo com a Agência Nacional de Cinema (Ancine), os cinemas de rua correspondem a apenas 10,7% das salas em toda a cidade. Os outros 89,3% estão nos shoppings.
Arquitetura e tombamento do Cine Roxy Copacabana
O cinema em estilo Art Déco tem cerca de 2,5 mil metros quadrados. Segundo informações anteriores à decisão da Prefeitura, o imóvel estava sendo ofertado para venda por aproximadamente R$ 30 milhões.
O imóvel é tombado desde 2003. Embora não haja nenhum tipo de restrição ao ramo de sua utilização, não podem ser feitas alterações arquitetônicas em várias partes do cinema.
O tombamento do Cine Roxy Copacabana levou em conta dois fatores: o fato de o antigo cinema representar um marco referencial na cultura cinematográfica da cidade e a importância arquitetônica original, marco da arquitetura e engenharia modernas na cidade do Rio de Janeiro.
Conforme detalhou o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), por meio de nota oficial, estão incluídos no tombamento todos os pilares da entrada, o letreiro externo sobre a entrada, a galeria de entrada com as esquadrias, pisos, escadaria, corrimãos, luminárias originais e seus materiais de revestimento.
A decisão também inclui o hall da entrada, seus corrimãos, luminárias originais e revestimentos, além da cúpula de concreto que está localizada nas salas de projeção. Nenhum desses elementos arquitetônicos pode sofrer modificações.
Por outro lado, segundo o comunicado do IRPH, o tombamento é do imóvel e de seus elementos arquitetônicos, não de seu uso.
“Todavia, quaisquer obras ou intervenções no local têm que ser previamente orientadas e analisadas pelo IRPH e submetidas à aprovação do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro”, enfatiza o Instituto no comunicado.
Arte e cultura na Zona Sul do Rio
A enorme importância da Zona Sul da Cidade Maravilhosa para a cultura brasileira não é nenhum segredo. A influência da produção artística local é tida como referência mundial, seja pela música, literatura, artes plásticas, teatro ou cinema.
De fato, o local é berço de uma série de obras de renome e manifestações artísticas de tempos distintos. Um desses exemplos é a Bossa Nova, que ganhou o mundo traduzindo a sofisticação e a beleza da região.
Quem gosta de cultura e está de passagem pela Zona Sul carioca precisa conhecer as atrações que a região dispõe.
Com muitas opções de lazer nesse sentido, é possível contemplar a noite carioca com visitas aos locais que fazem da arte o seu sustento. São os teatros, cinemas, museus, livrarias e casas de espetáculos que atraem centenas de visitantes ávidos por arte e cultura.
Além disso, trata-se de uma região repleta de sofisticação e belas paisagens naturais, ideal para quem quer viver com muito conforto e segurança.
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