O Hotel Nacional Rio de Janeiro, famoso cartão-postal localizado no bairro nobre de São Conrado, pode passar por uma grande transformação administrativa.
A WAM Brasil, operadora do edifício desde 2019, planeja dividir o cinco estrelas em unidades para pessoas físicas, que podem chegar a um total de R$ 900 milhões.
A empresa prevê que com essa iniciativa o local se transforme no primeiro empreendimento multipropriedade da capital carioca e em um dos maiores do Brasil em Valor Geral de Vendas (VGV). As unidades do Hotel Nacional podem passar de 14 mil frações disponíveis.
Hotel Nacional Rio de Janeiro
Com desenho arquitetônico estilo vanguardista assinado por Oscar Niemeyer e projeto paisagístico arrebatador de Roberto Burle Marx, o Hotel Nacional Rio de Janeiro é até hoje um dos endereços mais charmosos da Cidade Maravilhosa e sinônimo de sofisticação.
Fundado em 1972 pelo empresário José Tjurs, proprietário da antiga rede de hotéis Horsa, o Nacional chegou a ser considerado o mais importante e moderno hotel da América Latina.
No planejamento original estavam previstos 55 andares. No entanto, Tjurs preferiu uma versão com 34 pavimentos.
O antigo centro de convenções do Hotel tinha capacidade para 2.800 pessoas e um teatro para 1.400 espectadores, que foi palco de grandes apresentações e festivais de música, como nove das 16 edições do Free Jazz. O hotel também abrigou o primeiro Festival de Cinema do Rio, em 1984.
Ao longo de sua história rivalizou com o Copacabana Palace como a hospedagem favorita das celebridades.
Durante as décadas de 1970 e 1980, período do seu auge, hospedou artistas de renome internacional como Liza Minnelli, BB King, Chet Baker, The Jackson Five, Little Richard e James Brown.
Devido a sua importância histórica e relevância para a capital carioca e para o Brasil, o Instituto Rio Patrimônio anunciou em 1998 seu tombamento como Patrimônio da Humanidade.
Na década de 1990 o hotel passou por dificuldades financeiras. Encerrou as atividades em 1995 e atravessou um período de incertezas que duraria 20 anos.
Até Donald Trump, à época empresário, manifestou interesse em reformar o hotel, porém a ideia não foi adiante.
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Antes, outro presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, não apenas se hospedou no hotel como também concedeu ali uma entrevista.
O Nacional retomaria suas atividades somente em dezembro de 2016, após passar por uma intensa restauração. Nesse período de reabertura, quem assumiu a gestão foi o grupo espanhol Meliá Hotels International.
Passados 15 meses da reinauguração, a companhia encerrou suas operações no edifício. A última troca de bandeira ocorreu em outubro de 2019, quando a WAM Brasil assumiu as operações.
Atualmente, o Hotel Nacional Rio de Janeiro conta com 413 quartos – todos com vista para a cidade, a montanha ou o mar – de 33 a 300 metros quadrados, incluindo duas suítes presidenciais e 50 suítes executivas e de luxo, distribuídas em 34 andares.
O complexo ocupa uma área de 125 mil metros quadrados de espaços interiores e ao ar livre. Desde 2019 há um centro de convenções de 20 mil metros quadrados anexo ao hotel, além de outras atrações como um espaço lobby, academia, spa, piscinas, jardim, dois bares e três restaurantes.
O Hotel Nacional Rio de Janeiro também abriga diversas obras de arte, como a famosa escultura Sereia, de Alfredo Ceschiatti, além de um painel de Carybé composto por 300 peças de concreto e de um candelabro de Pedro Correia de Araújo.
Unidades Hotel Nacional
Conforme as regras de multipropriedade do projeto da WAM – um dos maiores players do país nesse segmento.
A empresa prevê que a comercialização das frações ocorra ainda na primeira metade deste ano.
O fatiamento seria o suficiente para abranger os 413 quartos do edifício. Entre as vantagens de se obter uma unidade do Hotel Nacional destaca-se justamente o perfil luxuoso do local.
São raras as multipropriedades com essas características. Em geral, esse conceito de condomínio está mais ligado aos resorts em cidades menos badaladas, geralmente no interior, com foco no público-alvo das classes B e C.
A atividade hoteleira tradicional do Nacional não seria afetada por essa iniciativa.
Como comprar unidade no Hotel Nacional
Muito utilizadas na Europa e Estados Unidos, as unidades imobiliárias vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil.
Esse sistema de investimento permite que uma pessoa seja proprietária de uma unidade habitacional dentro de um resort, clube ou hotel, para utilizá-la em seu lazer.
Desenvolvido para famílias que não desejam desembolsar grandes quantidades de dinheiro na compra de um imóvel, a demanda vem se ramificando ao longo dos anos, chegando até ao mercado de luxo.
Hoje o mercado brasileiro dispõe de uma série de grupos imobiliários que vêm se especializando em ofertas de multipropriedade dos mais variados segmentos.
De um modo geral, um fundo imobiliário consiste em um grupo fechado de investidores que é gerido por um administrador, cujo objetivo central é investir em grandes empreendimentos do setor imobiliário.
Dentre alguns exemplos, podemos destacar:
- laje corporativa;
- galpão logístico;
- shopping center;
- ramo hoteleiro.
Vale ressaltar que qualquer pessoa pode participar desses fundos. Para isso, basta adquirir suas frações por meio da bolsa de valores ou via ofertas públicas, como é o caso para o sistema de cotas.
Lançamentos em São Conrado
O Hotel Nacional está localizado em um dos bairros mais nobres da Zona Sul Carioca, o São Conrado. O lançamento das unidades para venda é uma oportunidade ótima para usufruir de tudo que a região pode oferecer.
A proximidade com a natureza, com as diversas opções em lazer, entretenimento, serviços, comércios, escolas e vários tipos de estabelecimentos, integram a elevada qualidade de vida da região, notória por seus imóveis de luxo à beira-mar.
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